Elevador é o transporte mais seguro. Acidentes, claro, acontecem. Cabe à prefeitura fiscalizar para evitá-losFoto: Mônica Imbuzeiro
Os edifícios devem ter uma empresa responsável pela manutenção, conforme a Lei municipal 2.743/1999. As firmas são credenciadas e fiscalizadas anualmente pela RioLuz. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), por sua vez, monitora os profissionais:
— Trabalhamos preventivamente, exigindo que os síndicos contratem somente empresas com profissionais capacitados, com engenheiros registrados no conselho — explica Jaques Sherique, vice-presidente do CREA-RJ.
De acordo com Jomar Cardoso, presidente do Sindicato dos Elevadores de São Paulo, estatisticamente, o elevador é o transporte mais seguro do mundo, mas ele admite:
— Há falhas, como a que ocorreu em Botafogo (na semana passada). A prefeitura tem que fiscalizar melhor.
Bombeiros dão dicas aos usuários
Capacidade
Nunca exceda a capacidade máxima de passageiros.
Não trave as portas
Não tente parar o fechamento das portas usando as mãos ou os pés.
Saída alternativa
Use as escadas em caso de incêndio ou em situações em que poderá faltar energia.
Atenção com a porta
Fique atento às portas, mantenha roupas e o que carregar longe delas.
Em caso de paradas
Aperte o botão de alarme para pedir assistência.
Peça ajuda
Use o telefone da cabine para solicitar ajuda.
Não use a força
Não tente abrir a porta.
Mantenha a calma
Você está seguro e há bastante ar no elevador
Verificar as condições do elevador mensalmente garante segurança
— A manutenção mais frequente é necessária em casos de equipamentos instalados em hotéis, hospitais, edifícios comerciais, residenciais ou supermercados — afirma.
Os técnicos, ao fazerem a manutenção dos equipamentos, devem prestar atenção às portas — causadoras de 70% dos problemas técnicos, segundo Jomar Cardoso, dono da Elevadores Villarta e presidente do Sindicato de Elevadores de São Paulo.
Devem ainda checar o nível do piso do elevador em relação ao andar, o içamento de cabos, os problemas de fiação e os sistemas elétrico e de frenagem — tanto o principal quanto o secundário, que é o plano B, em caso de falha.
— É necessário, também, conferir se os cabos estão lubrificados, se o trilho está alinhado e se não há problemas de corrosão ou ferrugem — diz Orlando Sodré Gomes, consultor do Sindicato de Habitação (Secovi Rio) especializado em manutenção.
Um sinal de que o elevador precisa passar por uma modernização é quando a solicitação por serviços técnicos é recorrente. Modernizar é trocar peças para que seja atualizado. O principal objetivo é a segurança.
Entre as diferenças, a principal é que os elevadores mais modernos são fabricados com portas automáticas, que dificilmente abrem antes da hora. Mesmo que a modernização delas seja possível, há casos em que somente a troca do equipamento é a saída.
— Quando o valor da modernização passar de 60% do custo de um elevador, é melhor trocá-lo — diz Cardoso.
Especialistas afirmam que os equipamentos modernos duram de dez a 50 anos
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